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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Postagem Final (DUVIDO!)

Este semestre em que cursei a disciplina Informática e Ensino da Arte, foi especialmente compensador. Ao mesmo tempo em que estudei uma matéria que me fascina e que abre novas possibilidades de produção e ensino de arte, tive que sair completamente de minha zona de conforto, pois este é um ramo do conhecimento com que tenho certa dificuldade de compreensão. Superar algumas destas dificuldades e conseguir um domínio razoável dos programas, foi uma vitória.

A manipulação digital de imagens é um campo com grande potencial artístico, permitindo a recriação da realidade ou a intervenção em imagens conhecidas, artísticas ou não, acrescentando, recriando ou até mesmo invertendo os conceitos originais destas imagens.

Contudo a manipulação digital de imagens fixas é apenas um dos recursos que a informática dispõe para a criação artística. A possibilidade de criar imagens em movimento, seja através do Flip Book, Stop Motion, ou até mesmo vídeo, permite expressar conceitos de uma maneira que as imagens fixas não alcançam. Destes posso dizer que o vídeo é o que tem a produção mais simplificada. Isto, obviamente se considerarmos apenas a função de criar movimentação nas imagens, o que o vídeo faz automaticamente. Com o Flip Book e o Stop Motion, entretanto, você precisa planejar e criar cada imagem isoladamente, porém em exata sincronia com as outras imagens se quiser obter um resultado satisfatório. Este caráter quase artesanal destas duas linguagens permite uma compreensão muito profunda da mecânica envolvida no processo da animação. Para efeitos de comparação pode-se criar um minuto de vídeo em um minuto, e com um pouco de sorte e um bom roteiro, você pode aproveitá-lo integralmente. Para o Flip Book e o Stop Motion, são necessárias muitas horas de trabalho para gerar alguns segundos de movimentação no Flip, e um minuto em Stop Motion.

Quanto ao o Inkscape, Infelizmente o software apresentou muita instabilidade durante o semestre, não permitindo um uso mais aprofundado.

A criação de um Blog é um daqueles muitos projetos legais que guardamos na gaveta para quando tivermos tempo, ou seja, nunca.  Como já disse anteriormente pretendo continuar seu uso após o fim da disciplina, para postar artigos e imagens relativos a arte e a educação. O Blog é apenas mais uma das ferramentas de divulgação e democratização do conhecimento que farão a nossa era ser lembrada como um divisor de águas na história da humanidade. Grande parte dos materiais que encontro em minhas pesquisas provém de Blogs, são instrumentos muito úteis para divulgar conceitos e opiniões, imagens e informações. Criar um Blog é relativamente fácil, é gratuito, seu acesso é universal. Que mais posso dizer?  Nosso instrumento de trabalho é o conhecimento, se ignorarmos uma ferramenta com este potencial de divulgação de conhecimento estaremos andando na contramão da história.

Bem, eu já falei de arte, já falei de informática, e quanto ao ensino?

Recentemente ocorreu um fato polêmico em que uma aluna teria criado um Blog para dar as respostas de um trabalho aos colegas. A mensagem deste caso é clara: se nós ignorarmos estas ferramentas, se não ensinarmos a utilizá-las eticamente, os alunos vão utilizá-las de qualquer maneira, a protagonista deste caso ilustra bem isso. Esta geração de alunos já nasceu em meio a revolução digital, está familiarizada com ela e possui um vinculo muito forte com a mesma. Ora, este é um pressuposto básico das correntes pedagógicas contemporâneas: O processo de ensino/aprendizagem deve partir da realidade do aluno, e a informática esta fortemente inserida nesta realidade. Infelizmente o mesmo não ocorre com muitos de nossos professores, criando uma defasagem no ensino, por não dominar a informática, ignorando o potencial inesgotável da mesma para a transmissão de conhecimentos e, especificamente em nossa área, para a criação artística.  

Ao analisar estas questões, penso que seria possível, quando não desejável, que pudéssemos passar um ano escolar inteiro trabalhando com uma unidade de ensino de arte centrada na informática, criando um Blog da turma, ensinando e utilizando os softwares de edição/manipulação de imagens para explorar os conteúdos artísticos previstos no currículo. Creio que seria muito mais significativo para os alunos do que as aulas  tradicionais. Ao menos foi o que eu senti este semestre em que estive em contato mais próximo com a informática, explorando suas possibilidades infinitas para a criação artística.






quarta-feira, 6 de julho de 2011

Produção do Stop Motion

O roteiro
O roteiro consiste na história em que um personagem, seguindo o seu caminho, deixa cair uma folha de papel. Esta, ao perceber que foi perdida tenta alcançar o personagem, mas não consegue ‘andar’,então se transforma , através da técnica de Origami, em um sapo. Após, em um rato, e ao encontrar uma poça de água, em um barco de papel. Como ainda assim não consegue seu intento, ela se transforma em uma ave, e posteriormente em um avião, alcançando assim finalmente seu lugar na pasta de papéis que o personagem carrega. Este chega a um determinado local, retira o papel da pasta, confere o endereço e, amassa o papel, jogando-o em uma cesta de lixo. Apesar de considerar o final um tanto quanto cruel, tenho que admitir que é bem interessante e realista, podendo ser associado com várias situações que vivemos em nossas vidas.
A produção
Para a produção do Stop Motion fizemos um grupo com seis pessoas, após definirmos a idéia para o roteiro, partimos para a escolha das locações, e o teste de funcionamento da mecânica envolvida em algumas transformações exigidas pela história. Escolhemos como cenário o prédio da antiga estação férrea de Caxias do Sul, pela beleza arquitetônica do local, e também por ser um local de pouca movimentação de pessoas, que poderiam interferir na produção. Fizemos um pré teste do roteiro em uma semana, e na semana seguinte filmamos a história.

A locação
O grupo


Quanto ao grupo, trabalhar em um grupo grande tem vantagens e desvantagens. A troca de idéias, o convívio com pessoas criativas, a percepção de seus processos de criação, são características muito interessantes que o trabalho em grupo proporciona. A divisão das tarefas permitiu que eu pudesse me dedicar integralmente a questão da ‘engenharia do projeto’, criando as engenhocas que possibilitariam a padronização dos movimentos dos personagens. Porém em um grupo tão grande, não podemos participar diretamente de todas as tarefas, de modo que o aprendizado de algumas pode não ser tão completo. Por este motivo resolvi experimentar a técnica do Stop Motion em um projeto paralelo, para outra disciplina. Neste projeto pude experimentar diversas possibilidades de uso dos programas de manipulação de imagens para gerar movimentos em meus personagens,  descobrindo assim, diversas possibilidades de uso das ferramentas de manipulação de imagens para a criação de um Stop Motion.Gosta de Stop Motion?





sábado, 11 de junho de 2011

Flip Book ou Stop Motion?

      
Este é um teste que fiz com as imagens do Flip Book para experimentar como funciona o programa Movie Maker para produzir a animação Stop Motion. Infelizmente tive que baixar muito a resolução para poder postar, se tivesse mais tempo faria uma edição com mais calma, para aprender melhor os recursos, mas deixo este aprendizado para a próxima tarefa.

Flip Book

A experiência de criar um Flip Book é sensacional, após tantos anos produzindo imagens fixas, poder dar movimento a minha criação foi realmente compensador. Porém o trabalho que isto me exigiu é indescritível, a falta de intimidade com o software, somada com as dificuldades naturais em se explorar novas linguagens tornaram sua produção uma tarefa realmente desafiadora.
 Para o conceito da história me inspirei em uma música da banda gaúcha Tequila Baby, que se chama 'Caindo', e que narra a história de uma suicida.
O aspecto que mais me interessou na música foi a maneira como o autor propõe a situação: ' Quis sentir como é voar, só uma vez .... Ela pulou para agarrar o céu...   Gosto deste contraste entre esta visão quase lírica da situação, e a idéia de que talvez esta seja a única solução possível, o que me parece ser a total desesperança para alguém.
 Decidí representar a personagem com uma expressão serena durante á queda, imagino ela segura do que está fazendo, ela vê o suicídio como algo libertador, e a morte como um passo natural. Infelizmente creio que pela própria dinâmica do processo de flipar, e pelo reduzido tamanho das imagens esta seja uma característica que não se perceba.
 Independentemente destes percalços estou muito satisfeito com o resultado obtido, até por que esta foi minha primeira experiencia neste sentido, e pretendo dar continuidade á experimentação com imagens em movimento, embora provavelmente utilize a técnica do Stop Motion, pois esta apresenta a vantagem de dispensar a impressão e encadernamento, grandes complicadores da tecnica do Flip Book, além da possibilidade de inserir trilha sonora, o que incrementa muito as possibilidades expressivas. Mas este será assunto para meu próximo post. Segue a letra da música 'Caindo':

Caindo


Composição : Calvin/gloor

A unica vez que vi o seu rosto

ela pulou do ultimo andar,

nao sei seu nome, onde ela mora

 e o por que disso que ela fez,
Mais o jeito que ela me olhou

era dificil de esquecer,

 não sei se era solidão, alívio

 ou se era desespero

A ultima vez que vi o seu

 corpo foi deitado na calçada,

 ela pulou para agarrar o céu,

 foi isso que eu senti

Quando eu subi no ultimo andar

 pra ver de onde ela saltou,

 me deu vontade de sentir

 como é voar só uma vez

Agora é que eu sinto
Porque foi isso que ela fez

Seguem alguns Frames do Flip Book ' Sonho de Ícaro':


Inspiração: Caindo, banda Tequila Baby: Site oficial da bandaTequila Baby
Video da música: Caindo

 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Inkscape

Após termos aprendido a utilizar o software Gimp, passamos a utilizar o Inkscape, que trabalha com imagem vetorial, para aprendermos o seu uso em aulas de Arte.
Confesso que á princípio fiquei um pouco inseguro, pois tenho muito pouca intimidade com o programa, e o mesmo apresenta algumas reações inexplicáveis, pondo á perder tudo o que eu produzia, mas credito isto a minha pouca experiência com o mesmo. A nossa primeira tarefa foi utilizar o programa para editar uma imagem, e conhecer algumas ferramentas básicas do programa.
                                                            Imagem editada na 1ª aula

Posteriormente aprendemos a traçar as linhas de contorno de uma imagem, procedimento que usaríamos para a produção da tarefa destinada para este software, que seria a produção de um Flip Book, sobre o qual comentarei no próximo post.

Se você, assim como eu, precisa ou quer aprender mais sobre o Inkscape, acesso o webcurso da colivre, muito prático e acessível: http://colivre.coop.br/CursoInkscape/WebHome .
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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Plano de Aula

Nesta tarefa deveríamos criar um plano de aula utilizando o sofware Gimp,definí que o trabalho enfocaria o uso das sombras e suas possibilidades,utilizando para isto as imagens da obra da artista Regina Silveira, e outras imagens significativas sobre o tema. Infelizmente não conseguí postar as imagens, embora elas estejam dispníveis no link do site de Regina Silveira.Segue o plano:

Informática e Ensino da Arte

Profa: Cláudia Zamboni de Almeida

Aluno: Paulo Denílson Prusch

Plano de Aula: Manipulação digital de imagens

Série:

Primeiro, segundo e terceiro anos do ensino médio

Componente curricular:

Artes Visuais

Professor:

Paulo Denílson Prusch

Tempo:

Quatro períodos de aula

Assunto:

Técnicas de manipulação de imagens

Objetivos específicos:

O objetivo específico deste trabalho é a produção de imagens digitais, 2d, bitmap, utilizando o software Gimp, com significação artística, utilizando a poética pessoal dos alunos para explorar o conceito de sombra e ausência presentes na obra da artista Regina Silveira, e em outras imagens que complementarão a construção destes conceitos.

Objetivos gerais:

São objetivos deste trabalho que alunos conheçam a obra da artista Regina Silveira, compreendam o uso que esta faz do conceito da ausência e das sombras, que possam relacionar estes conceitos em outras imagens, compreendendo a simbologia utilizada em sua aplicação.

Também são objetivos deste trabalho que os alunos consigam ampliar estes conceitos, percebendo a ausência em um âmbito social, estabelecendo relações de causa e conseqüência, e que os alunos consigam aplicar estes conceitos, produzindo imagens que demonstrem objetivamente o que está subjetivamente exposto nas imagens analisadas sob este viés, utilizando para isto a simbologia das sombras e da ausência.

Recursos:

Computadores do laboratório de informática, câmeras fotográficas digitais, e imagens retiradas da internet.

Necessidade:

Devido á rápida expansão e popularização da tecnologia em imagens digitais, se faz necessário o aprendizado das técnicas para manipulá-las, fazendo desta manipulação um recurso para a criação artística.

Metodologia

Este projeto pressupõe o conhecimento, por parte dos alunos, das técnicas necessárias para executá-lo. O cronograma parte da etapa imediatamente posterior a este ensino, que será resumidamente feito da seguinte maneira:

Em um primeiro momento serão ensinadas as técnicas básicas necessárias para a execução das tarefas, sendo complementadas posteriormente, caso algum trabalho específico exija técnicas adicionais. As técnicas serão ensinadas com exercícios prontos, passo a passo, e que serão posteriormente repetidos pelos alunos.

As técnicas básicas exigidas neste trabalho são:

Ferramentas de seleção-Cópia e colagem –Redimensionar-Camadas –

Opacidade e transparência-Sombra projetada-Perspectiva-Matiz e saturação

Aulas um e dois, Leitura de imagens e construção de conceitos:

Após o aprendizado da técnica, os alunos farão uma leitura estética com as obras da artista Regina Silveira, após o qual será feito um debate sobre o uso que a artista faz das sombras, e o conceito de ausência que a artista utiliza nestas obras, explorando elementos que os alunos não tenham percebido em um primeiro momento, procurando conduzir o debate de modo que os alunos consigam perceber o uso simbólico destes elementos pela artista e as possibilidades que podem explorar desta simbologia. Para auxiliar nesta compreensão será trazida a definição destes termos, para que os alunos possam compreendê-los de maneira mais abrangente, assim como os poemas que acompanham as imagens, que dão uma visão mais poética aos termos analisados. Ex:

Sombra s. f.:

Claridade atenuada pela interposição de um corpo entre ela e o objeto luminoso.

Silhueta que um corpo desenha numa superfície quando ele se interpõe entre ela e o Sol ou uma luz.

Por ext. Escuridão, trevas. -Fig. Leve defeito; senão; mácula. - Viso; aparência; idéia. -Leve noção, tintura.

Segredo; mistério. -Visão; fantasma; espectro.- Pessoa que acompanha outra constantemente ou a persegue.

Vislumbre do que perdeu o seu antigo brilho, a sua antiga grandeza ou influência. -O que entristece o espírito.

Seguimos esta aula com a leitura estética de algumas  imagens , ouvindo a leitura dos alunos, em um primeiro momento, e após analisando as possibilidades do uso das sombras e da ausência implícita, ou presença simbólica de determinados elementos nestas imagens.

As imagens serão divididas em dois grupos, primeiramente analisaremos apenas o uso formal/conceitual do uso das sombras, ausências, presenças implícitas ou subjetivas nestas imagens, e posteriormente, as imagens do segundo grupo serão analisadas em uma leitura conduzida, onde será discutida a ausência em um contexto social, a falta de alguns elementos específicos na história de vida destas pessoas como causadora de situações indesejáveis. Também as sombras, aqui significando medos, insegurança, incertezas, exclusão, solidão, enfim sentimentos e situações negativas á que estas pessoas estão expostas serão analisados.

As imagens serão analisadas nesta ordem, para conduzir, gradualmente a compreensão dos conceitos, do formal, conceitual, até o uso dos elementos, sombra e ausência, para a construção de significados simbólicos em uma imagem.

Após esta analise os alunos serão questionados sobre de que forma poderiam representar estas situações simbolicamente, utilizando os elementos estudados, em uma imagem manipulada digitalmente.

É fundamental que os alunos tenham a clara compreensão destes conceitos para passarmos para a

fase de produção.
Tarefa:

Os alunos deverão pesquisar imagens para referência e produção das fotos na internet, tendo como base os sites:

Worth 1000: http://www.worth1000.com/

Olhares.com: http://br.olhares.com/

Flickr: http://www.flickr.com/

Site de Regina Silveira: http://reginasilveira.uol.com.br/

Além de pesquisa no Google – imagens, utilizando as palavras chave: "ausência, absente, sombra, shadow, exclusão, miséria, entre outras que os próprios alunos considerarem pertinentes. As mesmas palavras podem ser utilizadas na pesquisa nos sites.

Os alunos também poderão fotografar as imagens que serão manipuladas.

As imagens deverão ser trazidas para as aulas três e quatro.

Aulas três e quatro:

Serão dedicadas á manipulação das fotos, com acompanhamento individual por parte do professor, para o esclarecimento de duvidas, e, se necessário o ensino de técnicas/ferramentas adicionais que sejam exigidas em algum trabalho específico.

Todos os alunos serão incentivados a percorrer a sala, analisando e trocando idéias sobre o trabalho dos colegas.

As imagens serão impressas e expostas na escola.

Avaliação:

Os alunos serão avaliados pela apreensão dos conceitos estudados nesta unidade de ensino, pela compreensão do uso formal e conceitual das sombras e da ausência, na obra da artista Regina Silveira, bem como estes e outros usos destes elementos nas demais imagens utilizadas neste trabalho.

As relações que eles estabelecem entre estes conceitos das imagens e os textos que as acompanham, a transposição destes conceitos na leitura guiada das imagens com temática social, a compreensão simbólica da ausência neste contexto, com o estabelecimento de relações causa/efeito, e finalmente a aplicação deste aprendizado na produção das imagens terão especial interesse na avaliação

Em todos os trabalhos os alunos serão avaliados pela responsabilidade, participação e interesse perante a tarefa.

Avaliação do projeto:

1)O plano de aula surtiu os efeitos desejados?

2)Qual a reação dos alunos perante a proposta do plano?

3)Os alunos demonstraram interesse em ampliar seus conhecimentos nesta matéria?

4)Eu consegui construir os conceitos com os alunos?

5)O que eu devo mudar na próxima vez que aplicar um plano semelhante?

Observações:

O tempo determinado para cada tarefa é estimado, podendo ser modificado de acordo com o andamento dos trabalhos. Da mesma maneira o roteiro seguido pela metodologia poderá ser alterado de acordo com as demandas dos alunos.

Sempre acrescento uma avaliação do projeto em meus planos de aula, para sistematizar as reflexões sobre a minha prática pedagógica.

As imagens utilizadas neste projeto foram retiradas de blogs e sites que, em sua maioria não põe referência nas suas imagens, de modo que infelizmente não tenho o nome dos seus autores.

Procurei focar o trabalho na leitura e manipulação digital de imagens, de modo que deixei de lado outras possibilidades de exploração destes temas para não torná-lo muito extenso.

Referências:

Worth 1000: http://www.worth1000.com/

Olhares.com: http://br.olhares.com/

Flickr: http://www.flickr.com/

Site de Regina Silveira: http://reginasilveira.uol.com.br/

Imagens do meu banco de imagens pessoal.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Processo de produção de imagem utilizando o software Gimp

Este é o texto com as reflexões sobre o processo de produção de uma imagem fotográfica manipulada com o software Gimp:


                                               Informática e Ensino da Arte

                                         Profa.Cláudia Zamboni de Almeida

                                              Aluno: Paulo Denílson Prusch

                                                    Processo de produção



O conceito

Ao receber a proposta deste trabalho, e analisar as imagens que nos foram dadas como referência, o primeiro conceito que me veio á mente foi explorar a multiplicidade de caminhos e escolhas que a vida nos oferece. Porem este é um conceito amplo e difícil de ser expresso, de modo que decidi pesquisar imagens que me auxiliassem nesta construção. Um tema que se tornou recorrente em minhas pesquisas foram as imagens de caminhos, literais ou metafóricos, e que representavam para mim as constantes escolhas, dúvidas, medo e insegurança com que trilhamos tais caminhos.

 Durante o amadurecimento da idéia, experimentei diversas maneiras de expressá-la, representando-a como níveis -com altos e baixos- ou como um labirinto, um emaranhado de possibilidades que se entrecruzam, mas que ao tomá-las você não sabe se elas o levarão ao seu objetivo, ou á um caminho sem saída.

 Á medida que o trabalho evoluía, percebi que havia muitos conceitos para serem trabalhados em apenas uma imagem, gerando certa confusão, tanto conceitual quanto formal. Este excesso de informações foi sendo gradualmente refinado, até que cheguei à imagem de um caminho único, á princípio bifurcado, representando ainda as possibilidades, sendo posteriormente substituído por um caminho retilíneo, afinal após definirmos um rumo para a nossa vida é por ele que seguiremos, embora as incertezas e possibilidades estejam ainda representadas pela duplicação da figura que segue pelo caminho, dividida, desfocada, cada metade olhando para um lado, para uma possibilidade. A figura é apenas sugerida, ela não faz parte do caminho, apenas passa por ele, quase invisível para os outros que o trilharem.

A imagem

A imagem sugere um caminho, ascendente, que se inicia amplo e claro, representando uma área segura, conhecida. Progressivamente o caminho se torna mais escuro e claustrofóbico, com sucessivas molduras produzidas pela sobreposição das sombras da arvores, delimitando o trajeto e conduzindo ao objetivo final -obscurecido pelas sombras- não é possível vê-lo, apenas a parte mais próxima do caminho é visível, e mesmo assim para chegar até ela se faz necessário abandonar a zona de conforto, conhecida, iluminada e mergulhar no escuro desconhecido. O piso é ornado com os losangos formados pelas sombras sobrepostas das árvores, gerando um padrão regular e harmônico.

O forte contraste dos troncos das arvores dá ao caminho um ar etéreo, metafísico, lembrando-me as obras de De Chirico, acentuado ainda mais pelas figuras formadas pelo cruzamento dos seus galhos, seres fantásticos que surgem para assombrar o caminho, mas assim como na foto, eles são tão reais quanto você quiser que eles sejam. A cada vez que vejo a imagem, faço uma nova associação: as vezes me lembra uma igreja gótica, em outras um castelo medieval, ou ainda um sonho claustrofóbico e surreal, em que você fica preso ao mesmo lugar e não consegue chegar nunca ao seu objetivo, por mais que tente.  

Creio que foi isto que me agradou nesta foto, ela possibilita várias interpretações, existem elementos distribuídos por toda a imagem que podem ser analisados em conjunto ou separados, lembrando as pinturas renascentistas, com suas mensagens implícitas, permitindo leituras diversas, de acordo com a parte da obra que você analisa, mas sempre mantendo coerência com o todo.

Decidi dar á imagem o nome de ‘Mergulho’, por causa dos questionamentos que a sua produção me obrigou a fazer, aprofundando-me cada vez mais nas subjetividades conceituais que tentei expressar neste trabalho, a tal ponto que eu consigo identificá-las uma a uma na obra final, embora eu não creia que tenha talento bastante para isto, acredito que seja apenas a minha própria subjetividade que veio á tona e que vejo refletida na obra.   

Recursos utilizados

     Ao longo do processo experimentei diversas possibilidades, filtros, desfoques, transparências, recursos que progressivamente fui descartando, por considerar que produziam uma imagem muito carregada de efeitos, artificial, e ao mesmo tempo pobre de significado, ao menos para mim. Durante esta filtragem alguns elementos foram sendo mantidos, como a figura humana, que desde o primeiro momento eu quis manter dividida e desfocada. Procurei obter este efeito de várias maneiras até chegar ao resultado final. Para o isto, utilizei a figura, que foi selecionada e copiada de outra foto, na qual apliquei um desfoque de movimento horizontal e um vertical, seguido da cópia da figura, a qual foi espelhada horizontalmente, e após foi sobreposta parcialmente sobre a primeira figura, o que gerou um efeito de divisão. Esta divisão foi realçada pelos desfoques que fazem cada metade da figura parecer seguir por uma direção distinta, mas sem se desligar completamente da figura central. Esta figura foi aplicada sobre diversos fundos, sempre em transparência, em torno de 40%, para realçar a transitoriedade da sua presença em um ponto específico do caminho, alem de destacar o fato de que este caminho não pertence á ela, que apenas transita por ele.

     A imagem do plano de fundo também passou por várias tentativas, até que escolhi a imagem da trilha, com a simetria vertical do tronco das arvores, e as linhas diagonais da sombra das mesmas formando uma composição que me agradou. Segui com esta imagem um procedimento semelhante ao que fiz na figura humana, mas por motivos diversos: enquanto na figura quis acentuar a divisão, no fundo quis sobrepor as linhas verticais formadas pelas arvores, gerando uma nova simetria, acentuada pelos losangos gerados pelo cruzamento das sombras diagonais das mesmas, produzindo um interessante efeito no piso. Para isto utilizei uma foto com o mesmo fundo da que retirei a figura humana, para não ter que reconstruir uma parte da imagem. Copiei-a, colei como camadas, e espelhei horizontalmente, com uma transparência de 50%. Após combinar as camadas realcei o contraste com a ferramenta níveis e colei a figura humana com transparência de 40%. Ajustei as cores e a luminosidade com a ferramenta matiz e saturação, dessaturando a imagem e escurecendo-a levemente, conseguindo neste momento um resultado que considerei expressar o conceito que norteou este trabalho.


Reflexões sobre o processo de produção

Durante o processo de produção, após definir o caminho á seguir, persisti nele até o final, Embora isto tenha feito com que eu produzisse algumas dezenas de imagens até alcançar um resultado que me satisfizesse. Neste percurso foi impossível não me questionar se eu estava sendo persistente, ou apenas teimoso. Creio que teimosia seria permanecer tentando a mesma abordagem até o final, o que fiz foi tentar diversas abordagens para uma mesma imagem, produzir diversas imagens para expressar um mesmo conceito, reavaliar e repensar várias vezes um mesmo conceito, até chegar ao essencial. 

Embora o processo conduzido desta maneira tenha sido relativamente longo e cansativo, foi também bastante produtivo, pois só desistia de uma abordagem do tema após experimentar diversas ferramentas e possibilidades, ampliando assim, consideravelmente o meu conhecimento das possibilidades do programa.

Anexos:

Anexo 1: imagem original utilizada na produção.


       Anexo 2: imagem manipulada, resultado final.



           

sábado, 16 de abril de 2011

Segunda aula prática

 A segunda aula prática seguiu a metodologia da primeira, com um exercício de modelo, e após a reprodução dos passos com nossas próprias imagens. A tarefa consista em mesclar três fotos, sendo que uma delas seria posta em segundo plano no plano de fundo, sendo necessário que duplicássemos uma parte da imagem para este efeito. Também trabalhamos com transparências, para camuflar uma camada, um camaleão, simulado o mimetismo natural do animal. Para reproduzir este exercício a minha primeira tentativa foi com imagens de pessoas, mas as diferenças de anatomia e perspectiva dificultaram o projeto. Resolvi então utilizar a imagem da Pirâmide do Louvre, mesclando-a com um camelo, e com uma esfinge, sendo que esta não pôde ser a egípcia, por falta de boas imagens, então utilizei a de Las Vegas. Gostei do contraste da modernidade da pirâmide de vidro com os elementos egípcios, que associamos á algo mais antigo. Neste mesmo exercício fiz uma tentativa de utilizar a imagem da pirâmide do Louvre, refletida numa lâmina d'água, com a de um camelo, refletido no rio Ganges, mas infelizmente esta manipulação estava além de meus conhecimentos do programa.



Aula 2


Exercício 2





Primeira aula prática

A primeira aula prática de utilização do Gimp foi um exercício de troca de fundo, de uma imagem para a outra, onde utilizamos as ferramentas de recorte"varinha mágica", cópia e cola, ainda aprendemos a enevoar a seleção, para minimizar o serrilhado das camadas. Após refazermos os passos de um exercício pronto selecionamos imagens na internet e refizemos os passos com as nossas imagens. O exercício foi relativamente fácil pois eu já tinha um certo domínio destas ferramentas.
Aula 1

Exercício 1

sábado, 26 de março de 2011

Gimp

    Iniciei o estudo dos programas pela ordem da disciplina, com o programa de manipulação de imagens digitais Gimp.  O Gimp é um freeware que surge como alternativa ao Photoshop, com recursos muito interessantes, embora a relativa intimidade com este último, tenha feito com que eu tivesse um pouco de dificuldade para compreender a interface do programa.
    A transposição da linguagem de um programa para o outro foi um processo relativamente fácil, e a ajuda dos tutoriais foi de suma importância, o problema é que conscientemente eu sei aonde estão as ferramentas do Gimp, mas, inconscientemente eu ainda procuro as ferramentas do Photoshop.
    No processo de estudar o programa dei prioridade para o conhecimento do funcionamento das principais ferramentas, sem me preocupar com a questão artística num primeiro momento, e, ao ver que o cronograma da disciplina seguia a mesma estratégia, percebo que este é o caminho que devo utilizar com meus alunos.
    As primeiras manipulações que fiz em casa, com o intuito de me familiarizar com as ferramentas do programa, me auxiliaram no sentido de perceber as potencialidades e limitações do Gimp em relação ao Photoshop, o que me dá uma maior clareza do caminho á seguir quando a manipular uma imagem.

Para download: http://www.baixaki.com.br/download/the-gimp.htm
Para saber mais:
Curso sobre o Gimp, na Webhome, completo e acessível: http://colivre.coop.br/CursoGIMP/WebHome  .

Software

    Como o próprio nome da disciplina diz, a informática será enfocada neste semestre, onde aprenderemos a utilizá-la para a manipulação de imagens com os softwares adequados, quais sejam:
Gimp, para a manipulação de fotos, Inkscape, para imagens vetoriais e Movie Maker, para a edição de vídeos. O primeiro passo foi fazer o dowload dos programas, o que fiz sem grandes dificuldades, aproveitando a ocasião para fazer também o dowload dos tutoriais mais interessantes que encontrei para os mesmos. Quanto aos tutoriais , eles existem em grande quantidade e são muito claros, existindo também algumas comunidades destinadas a trocar experiências no uso destes programas, o que foi muito útil no aprendizado.
   

Conhecendo o Blogger

    Este é meu primeiro contato com o Blogger, criei este blog especialmente para a disciplina de Informática e Ensino da Arte, da Universidade de Caxias do Sul, sob a orientação da professora Cláudia Zamboni de Almeida, para registrar e servir como memorial dos meus estudos na disciplina.
    Em um primeiro momento, criei o blog com o auxílio dos tutoriais presentes no mesmo, mas estes são confusos e redundantes, de modo que alguns problemas ainda não foram resolvidos.
    Considero o blog uma ferramenta fundamental para a disseminação e troca de conhecimento, de modo que esta experiência servirá de base para que eu mantenha o mesmo ativo após o término da disciplina, como um registro de minhas pesquisas e descobertas no campo de Arte-educação.
P.S. Após algum tempo, ao retomar o Blog, encontrei este metablog que me ajudou muito a compreender e reorganizar o meu Blog: http://www.ferramentasblog.com/ , sei que o meu não é o melhor exemplo de Blog que você já viu, mas o meu conhecimento do recurso é mínimo, e o auxílio dos metablogs foi fundamental para que eu pudesse estruturá-lo e torná-lo funcional.